Descubra o que é a análise técnica nos investimentos

Por Redação Onze

análise técnica das ações

A análise técnica é uma estratégia indispensável para quem quer negociar ações. Afinal, operar nesse mercado envolve riscos, e ela ajuda a minimizar essas ameaças.

Isso porque o preço de uma ação comprada oscila imediatamente após a transação. Ou seja, é perfeitamente possível que você compre uma ação e, no minuto seguinte, ela já não esteja valendo o que foi pago.

Essa volatilidade, em consequência, gera dados que são aproveitados por especialistas para apontar se o preço de um determinado papel vai aumentar ou diminuir. Essa é a essência da análise técnica, que será detalhada a partir de agora neste conteúdo. 

Leia atentamente e aprenda a avaliar ações antes de negociá-las.

O que é análise técnica de ações?

Analisar, segundo o dicionário Priberam, significa “examinar com atenção”. Tomando emprestada essa definição, é justo concluir que a análise técnica de ações consiste na maneira de se identificar padrões de comportamento para apontar tendências.

Para tal, ela se baseia em uma série de ferramentas, técnicas, cálculos e projeções para dizer ao investidor se vale a pena ou não comprar os papéis de uma certa empresa.

Para que serve a análise técnica?

Se tem algo que não existe no mercado financeiro é o acaso. Resultados bons só acontecem quando, antes de investir, é feita uma avaliação criteriosa do ativo em questão. 

E se isso se aplica até mesmo para investimentos conservadores, nos quais os riscos são praticamente nulos, ao transacionar ações uma análise mais detalhada é indispensável.

Primeiramente, porque ninguém negocia no setor financeiro pensando em perder dinheiro. Assim sendo, é preciso cercar-se de garantias antes de fazer uma aplicação. Além disso, nesse mercado o fator risco deve ser sempre ponderado de maneira que seja, pelo menos, minimizado.

Análise técnica x análise fundamentalista

Ações são como pequenos “pedaços” da empresa que são negociados na bolsa de valores. Portanto, seus preços sobem quando o valor da companhia aumenta no mercado, e isso depende da sua performance geral. 

A análise técnica, nesse caso, considera que todas as informações necessárias sobre a empresa para estipular o valor de uma ação já estão dadas. No entanto, há quem não se limite a ela para saber se uma ação realmente vale quanto pesa ou se, de fato, vai se valorizar ou perder fôlego.

É aqui que entra em cena a chamada análise fundamentalista, na qual o valor de um papel é medido a partir de dados contábeis, balanços, demonstrativos, entre outros.

Cinco elementos para fazer análise técnica

Como visto, a análise técnica só considera os dados pertinentes ao mercado financeiro, e não das contas, finanças e desempenho comercial de uma organização. Dessa forma, sua principal fonte de informações será o gráfico, pelo qual se extraem dados passados para, a partir deles, predizer o futuro. Vamos conferir como isso é feito?

1. Volume

Embora não seja o mais importante dos aspectos a serem analisados, o volume de ações negociados em um intraday diz muito sobre seu potencial. Essa unidade de medida serve para determinar a quantidade de ações transacionadas em um dado período de tempo.

Então, se o volume de negociações é alto, sinaliza que a tendência esperada (alta ou baixa) nos preços está se confirmando, enquanto o contrário pode indicar uma reversão.

2. Tendências

Basicamente, existem três tipos de tendências quando se trata de ações:

  • Para o alto
  • Para baixo
  • Para os lados.

Logo, um gráfico que aponta para uma tendência de alta é aquele no qual o preço da ação é ascendente, ao passo que um de baixa indica preços descendentes. Por fim, um que se move lateralmente sugere uma tendência de preços estagnados ou com pouca variação.

3. Suportes e resistências

Já a análise baseada em suportes e resistências tem como objetivo apontar para as zonas de preços nas quais as ações podem ter uma tendência revertida.

No caso, suporte é a área do gráfico em que o preço se mostrou mais baixo. A partir dessa zona, espera-se que ele volte a subir. A zona de resistência é o oposto, ou seja, é onde se registrou o preço máximo para um período de tempo e em que se espera que eles voltem a cair.

4. Gráficos de preços

A evolução do custo de uma ação ao longo do tempo pode ser visualizada pelo gráfico de preços. Trata-se de um esquema onde a linha horizontal representa o tempo e a vertical o preço.

Forma-se, então, uma linha contínua que indica o quanto o valor de uma ação oscilou em um certo período. Ela pode ser simples ou apresentar-se no padrão de “vela” (candlestick).

Na análise técnica, o gráfico é usado como referência para estipular preços de compra e de venda, por meio do cálculo, por exemplo, da média móvel.

5. Compradores x vendedores

Conforme o preço de um ativo se aproxima do suporte ou da resistência, pode desencadear uma reação dos compradores e vendedores. Significa que há um ímpeto maior do mercado para a compra ou para a venda.

Assim, uma tendência de alta pode se confirmar ou não, dependendo de quanto o gráfico se aproxima da chamada zona compradora, que é quando o mercado se mostra “bull” (em alta) ou “bear” (em baixa). 

Portanto, compradores mais agressivos empurram os preços para cima (bullish), enquanto uma maior atuação de vendedores os leva para baixo (bearish).

Certamente, há muito mais para se aprender sobre análise técnica, um assunto bastante extenso e que leva tempo para ser dominado. Com este conteúdo, acreditamos que você tenha um bom ponto de partida para começar a se aprofundar nesse tema tão interessante.

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