Comprometimento de renda: entenda o seu limite financeiro

Por Redação Onze

O comprometimento de renda pode se tornar um problema difícil de controlar quando não há qualquer tipo de cuidados com a sua saúde financeira. Mas como resolver esse desafio e lidar melhor com seu limite de gastos?

Na teoria, a conta pode parecer simples. Basta gastar menos do que recebe que está tudo resolvido, certo? No entanto, na prática, pode ser mais complicado do que essa lógica sugere.

Afinal, é necessário acompanhar de perto as despesas e conhecer muito bem o seu orçamento para se planejar, conseguir honrar os compromissos assumidos e destinar uma parte do salário para o lazer e outra para um fundo de reserva para emergências.

Portanto, a grande pergunta que deve ser feita é: qual é seu limite de gastos e como agir diante do comprometimento de renda? Não se preocupe, pois vamos trazer todas as respostas que procura a partir de agora.

Siga acompanhando o artigo até o final!



O que é comprometimento de renda?

Comprometimento de renda corresponde à relação de valores esperados para o pagamento de dívidas com o orçamento mensal de um indivíduo ou família.

Em outras palavras, é a parcela dos rendimentos que pode ser destinada para honrar compromissos que não são considerados despesas básicas fixas, caso, por exemplo, de empréstimos bancários e financiamentos imobiliários.

Todos nós temos custos com transporte, habitação (luz, condomínio, aluguel, internet, telefone), saúde, educação e alimentação, que são essenciais para as nossas vidas. Portanto, não é sobre essas despesas que o comprometimento de renda se refere, mas sim a custos extras e menos frequentes, conforme os exemplos trazidos. 

Como o comprometimento de renda é calculado?

Estima-se que o brasileiro gaste, em média, 50% do seu orçamento com as chamadas despesas básicas, restando ainda, portanto, metade do seu salário para se planejar conforme a necessidade. 

Mas o que diz a Constituição Brasileira a respeito do comprometimento de renda? Não há nenhum texto que fale de modo geral sobre o tema, mas há algumas determinações a respeito dos financiamentos imobiliários no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação.

Segundo a Lei Nº 8.692, nesses casos, o comprometimento não pode ultrapassar o valor de 30% da renda bruta mensal da pessoa. 

Ou seja, segundo aquela ideia de contar com metade do orçamento depois de descontadas as despesas básicas, ainda restaria 20% dos rendimentos para serem usados conforme desejado (compras, poupança ou investimento, por exemplo).

No entanto, existem especialistas que defendem que esse comprometimento tem de ser menor, inferior a 10%, inclusive. Isso porque os juros aplicados em modalidades de crédito, ao se acumularem, podem se tornar uma bola de neve e afetar de forma significativa a saúde financeira das famílias.

Se olharmos para o cenário nacional, é justamente isso que acaba acontecendo. 

De acordo com levantamento feito pelo Bank for International Settlements (BIS), no Brasil, o comprometimento da renda com pagamento de juros e amortizações é mais que o dobro da média registrada em países desenvolvidos, como EUA, Japão, Canadá, Austrália, Coreia do Sul e outros 12 europeus – 20% contra 9,8%. 

Situações onde o comprometimento de renda é exigido

Como vimos, uma situação na qual o comprometimento de renda é exigido é no financiamento habitacional.  Existem bancos que permitem financiar 80%, 90% e até 100% do valor total de imóvel. No entanto, o valor mensal a ser gasto com as parcelas não deve ultrapassar os 30% da sua renda.

Os empréstimos consignados também vão pela mesma linha e há outras modalidades de crédito que buscam respeitar esse parâmetros.

Mas é importante que, mesmo sem essas obrigações legais, você mesmo estabeleça o seu comprometimento de renda mensal para conseguir controlar o orçamento e manter a sua saúde financeira. 

Por que respeitar seu comprometimento de renda?

O descontrole financeiro pode gerar prejuízos graves. Caso você não respeite o seu comprometimento de renda, as chances de entrar para uma estatística nada positiva são grandes.

Isso porque, conforme a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), feita pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 65,6% das famílias brasileiras estão endividadas. 

Quando isso acontece, não raro elas entram em uma bola de neve, tendo que escolher qual conta pagar, atrasando sonhos e, em casos mais graves, prejudicando o pagamento das despesas básicas. Se isso acontece, resta recorrer a fontes caras de crédito, como os juros rotativos do cartão e o cheque especial.



Como aumentar seu limite de gastos

Algumas pessoas podem pensar, então, que o segredo para manter a saúde financeira está em diminuir o percentual do comprometimento de renda, mas não é nada disso.

É possível conservar esse valor na casa dos 20% a 30% e, ainda assim, aumentar o limite de gastos. Tudo isso sem, necessariamente, passar por uma promoção, receber um aumento salarial ou buscar fontes alternativas para ganhar dinheiro.

Tudo o que você precisa é uma boa dose de organização e planejamento, que podem ser representados por algumas dicas básicas, como:

  • Consumir com consciência
  • Evitar juros e multas, pagando suas contas em dia
  • Construir um fundo de emergência
  • Olhar suas contas de perto
  • Traçar objetivos de curto, médio e longo prazo
  • Preparar-se para a aposentadoria.

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