Fundo Reserva: importância e como criar o seu

Por Redação Onze

fundo reserva

Uma vida plena e saudável abrange diversas dimensões. É preciso cuidar do corpo, da mente, dos nossos relacionamentos, dos estudos, da carreira e da nossa saúde financeira.

Saber gerenciar o dinheiro é essencial para termos tranquilidade quando ocorrem imprevistos, alcançarmos nossos objetivos, realizarmos nossos sonhos e garantirmos uma aposentadoria tranquila.

Devemos começar a tratar dessas questões o mais cedo possível, mas se você ainda não investe, saiba que não é tarde para começar. O primeiro passo é entender a importância do fundo reserva e saber como formar um.

É justamente disso que vamos falar neste artigo. Acompanhe até o final, entenda como criar seu fundo reserva, quais critérios levar em consideração para isso e a importância que ele tem, não apenas para as suas finanças como também para a sua vida como um todo.

Qual a importância do fundo reserva?

Quem olha para a história do Brasil, inclusive a de poucas décadas atrás, sabe que temos uma longa trajetória de instabilidade econômica. Isso poderia ter feito do brasileiro um povo poupador, precavido contra os muitos imprevistos da vida, mas não foi o que aconteceu.

Apenas 42% dos brasileiros têm algum valor em produtos de investimento, como mostra pesquisa da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

O problema é que quem não investe, fica totalmente desprotegido no caso de emergências e não consegue construir um patrimônio. Veja a seguir a importância de ter um fundo reserva.

Reserva para emergências

Imprevistos acontecem ao longo da vida, não tem jeito. Pode ser uma emergência médica, como uma cirurgia ou um tratamento que exige medicamentos caros, algo que afaste você do trabalho por um período mais longo e que afete a sua renda, um período maior de desemprego ou um gasto não previsto com a casa, com o carro e por aí vai.

Se você não tiver um fundo suficiente para arcar com esses gastos, como faz? É possível que tenha que pedir ajuda a amigos e parentes, recorrer a um empréstimo pessoal com juros altos ou, pior, simplesmente não conseguir arcar com a despesa.

Trampolim para voos mais altos

O fundo reserva também é um colchão de segurança para que você possa usar outra parte dos seus investimentos para alçar voos mais altos, como diversificar em aplicações mais arriscadas, mas que também apresentam possibilidades de retorno maiores.

Assim, se a rentabilidade dessas aplicações oscilar negativamente no curto prazo, você continua seguro, com o seu fundo reserva em opções de baixo risco.

Caixa para oportunidades

Por fim, o fundo reserva também pode servir para que você não perca uma boa oportunidade que se apresente na sua frente, como um imóvel à venda com um preço baixo, um terreno com o qual você sonha e agora está à venda ou até mesmo a chance de comprar ações de uma empresa de qualidade, que esteja com preço mais baixo e atraente.

Por que as aplicações do Fundo Reserva devem ter alta liquidez?

Vamos lembrar que a função primordial de um fundo reserva é ser um colchão de segurança para eventuais imprevistos. Imagine, por exemplo, que você tenha um acidente em outra cidade e precise contratar uma ambulância para trazer você para o seu local de residência. Você precisa ter o dinheiro na mão na hora para pagar esse custo, certo?

Por isso falamos de liquidez. Não basta pensar em investimentos com rentabilidade garantida, é preciso que eles tenham alta liquidez, ou seja, que possam ser transformados em dinheiro rapidamente e sem nenhuma penalidade, como uma taxa por resgate antecipado.

Importante: investimentos para o fundo reserva

Como mencionamos, não são todos os investimentos de baixo risco que são ideais para compor seu fundo reserva. Separamos para você as aplicações mais indicadas para isso, que aliam baixo risco e alta liquidez.

Tesouro Selic

O Tesouro Selic é um título público, ou seja, um “pedaço” da dívida do governo federal. Quem compra esses títulos empresta dinheiro para o governo que, em troca, paga uma taxa de juros. Esse título é pós-fixado, ou seja, acompanha o rendimento de algum indicador que, no caso, é a Selic, a taxa básica de juros da economia.

É um investimento conservador, uma vez que o risco é de o governo não honrar suas dívidas, o que é muito improvável, e tem liquidez diária.

CDBs

CDBs são títulos de renda fixa emitidos pelos bancos. Para compor o fundo reserva, o ideal é investir em um pós-fixado, indexado ao CDI, que é a taxa de juros que os bancos praticam entre si em empréstimos de um dia, e que acompanha de perto a Selic.

Também é importante que o CDB tenha liquidez diária. Verifique essa informação antes de investir, pois alguns CDBs só permitem o resgate na data de vencimento do título.

Fundos Simples ou DI

Os fundos simples são fundos de investimento que aplicam 95% da sua carteira em títulos públicos federais ou em títulos de renda fixa com baixo risco de crédito, enquanto os fundos DI buscam acompanhar o desempenho do CDI. Ambos são de baixo risco e apresentam alta liquidez.

A principal vantagem em relação ao Tesouro Selic, por exemplo, é que esses fundos não têm vencimento, então você não precisa se preocupar em reinvestir.

Por outro lado, é importante observar a taxa de administração cobrada pelo fundo, porque, se ela for muito alta, pode corroer praticamente todo o rendimento, especialmente em tempos de taxas de juros baixas. Taxas acima de 1% já são consideradas altas demais.

Agora você já sabe qual a importância de formar um fundo reserva e tem informações para escolher as aplicações adequadas para essa finalidade. Vale mencionar que não existe um consenso no mercado sobre qual seria o valor ideal para esse fundo, mas a maioria dos especialistas recomenda que ele tenha o equivalente a algo entre três e seis vezes a sua renda mensal.

E então, você já começou a fazer seu fundo reserva? Deixe seu comentário e conte como você faz para economizar, guardar dinheiro e como escolhe seus investimentos!