Risco de liquidez: o que é e como lidar com ele

Por Redação Onze

Risco de liquidez

Você leva em conta o risco de liquidez ao investir? Muita gente ainda esquece dele, se preocupando mais com os riscos de mercado e de crédito.

Mas aí está um componente importante, que precisa ser considerado na escolha dos produtos nos quais você vai aplicar seu dinheiro.

É o risco de liquidez que vai esclarecer com que facilidade o valor investido poderá ser transformado em dinheiro e o quanto isso custará ao bolso do investidor. Bons motivos para aprender mais sobre ele, concorda? Então, siga a leitura!

O que é risco de liquidez?

Ao aplicar determinada quantia de dinheiro em um investimento, esse valor pode ficar “retido” por um prazo mínimo. Ou seja, o banco ou corretora administra o montante pelo tempo acordado enquanto ele rende juros.

Nesse sentido, a liquidez pode ser entendida como a facilidade que esse investimento tem para “voltar a ser dinheiro” nas mãos do investidor.

Alguns investimentos de renda fixa — como Tesouro Selic e CDB — têm liquidez diária. Dessa forma, o investidor pode fazer resgate sempre que desejar.

Mas o risco de liquidez não diz somente sobre a agilidade para transformar o ativo em dinheiro. O conceito trata das perdas inerentes à liquidez do investimento.

Em geral, quanto mais distante for a data de vencimento de uma aplicação financeira, maior será o risco de liquidar esse ativo antes do tempo previsto.

Por exemplo, uma pessoa estuda duas aplicações diferentes, com mesmo prazo: o investimento A e o B.

Apesar de a taxa de retorno do primeiro ser maior, o segundo gera menor perda financeira caso precise fazer um resgate antes do vencimento. Assim, o tipo B tem menos risco de liquidez do que o A.

Se o investidor deseja ter “o dinheiro à mão” mais facilmente, pode optar pela segunda modalidade de aplicação, que é menos arriscada nesse sentido.

Porém, se não há problemas para ele em deixar o valor integralmente no investimento pelo tempo previsto, pode escolher a primeira opção.

Então, podemos dizer que o risco de liquidez diz respeito às perdas que se dão quando o ativo é resgatado antecipadamente.

Como o risco de liquidez afeta os investimentos?

Um dos objetivos centrais do investidor é ter o maior retorno possível sobre o dinheiro investido, certo?

Mas o quanto ele está disposto a assumir riscos para ter ganhos?

Além de avaliar a disposição para ter perdas em troca dos recebimentos, é necessário entender o quanto ele arrisca ficar por um longo tempo sem o dinheiro em mãos.

Mais do que isso, até que ponto o investidor quer ou pode perder caso precise resgatar o valor antes do vencimento da aplicação financeira?

Esses são questionamentos importantes na hora de se avaliar onde se deve aplicar o dinheiro.

Assim, analisar o risco de liquidez de um investimento deve fazer parte da rotina dos investidores.

Através desta análise, ele poderá pesar os prós e contras das modalidades disponíveis.

Exemplo prático de risco de liquidez

Para um exemplo prático de risco de liquidez, considere a seguinte situação:

Uma pessoa tem R$ 40 mil para investir. Essa é sua única reserva financeira e, portanto, pode precisar dela a qualquer momento para uma emergência.

Para que esse dinheiro não seja corroído pela inflação, ela pretende aplicá-lo e, assim, avalia duas possibilidades:

  1. Compra de um automóvel
  2. Investir em Tesouro Prefixado com vencimento em 4 anos

Na primeira opção, ele pode utilizar o bem e vendê-lo a qualquer momento. Na segunda, seu dinheiro fica retido no Tesouro e ele, a pé.

Não existem fórmulas prontas para se calcular o risco de liquidez, mas podemos avaliá-lo, neste caso, da seguinte maneira:

  • A venda do automóvel pode demorar de dias a meses. Logo, sua liquidez é imprevisível
  • Além disso, o bem vai depreciar e, segundo estimativas, pode representar apenas 60% do valor em 4 anos
  • O Tesouro prefixado escolhido tem liquidez diária. Se esperar até o vencimento, o investidor receberá cerca de R$ 47 mil
  • Mas, se fizer o resgate em 1 ano, o montante será de R$ 42 mil. Ou seja, perde R$ 5 mil pela liquidação do investimento.

Não conhecemos a liquidez do carro, nem o quanto pode ser perdido na sua venda — apesar de que uma depreciação sempre existe no bem. Portanto, há um alto risco de liquidez.

Ao investir no Tesouro, no entanto, o investidor sabe o quanto receberá e perderá (se antecipar o resgate) em cada fase do investimento.

Portanto, neste caso e de forma simplista, o Tesouro tem menor risco de liquidez.

Qual a melhor estratégia para o risco de liquidez?

O primeiro passo para que o investidor utilize bem o conceito é saber o quanto está disposto a prejuízos.

Em seguida, é preciso mensurar — o quanto possível — o risco de liquidez.

Por fim, ele deve avaliar qual tipo de aplicação melhor combina com o seu perfil de investidor e, assim, colocar perdas e ganhos na balança.

Não há fórmulas prontas quando se fala de estratégias de investimento.

Porém, o bom investidor avalia riscos intrínsecos às aplicações.

Entre eles, analisa o quanto pode ser perdido pelo resgate antecipado da aplicação e, dessa forma, mensura o risco de liquidez.

Veja que, quanto mais informação e conhecimento você tem, mais seguro fica para realizar investimentos. Faça deste artigo o seu ponto de partida, mas não pare por aqui.

Nessa jornada para se tornar um investidor melhor, conte com a Onze Investimentos e tenha acesso aos melhores produtos financeiros sem pagar taxas abusivas.  Quer saber mais? Acesse o site e conheça os nossos produtos.