Taxa de Custódia: o que é e como funciona?

Por Redação Onze

Taxa de Custódia

A taxa de custódia no Tesouro Direto é uma cobrança feita pela B3 (antiga BM&FBovespa) – Bolsa de Valores – como remuneração pela guarda dos títulos e pela segurança das suas informações financeiras que estão na plataforma. Para isso, são cobrados 0,25% anuais em todos os títulos que tiver.

Muitas vezes deixada de lado no cálculo dos investimentos, a taxa de custódia pode aparecer como uma surpresa. Se você está calculando seus rendimentos sem considerar eventuais cobranças como a da taxa de custódia, será culpado por não alcançar os resultados que almeja.

Se você contratou um agente autônomo de investimentos e ele não contou isso para você, ele falhou em seu dever de orientar os clientes. Ainda assim, é importante que você saiba o que precisa ser feito, para que não tenha prejuízos no futuro. Por isso, vamos te ajudar a entender o que é a taxa de custódia e como ela funciona.

Agora, entenda um pouco mais sobre a B3, que faz a custódia de todos os investimentos no Brasil.

Quem faz a custódia dos investimentos no país?

Como acabamos de mencionar, a maioria dos investimentos no Brasil são custodiados pela B3. A taxa de custódia é a remuneração dada pela manutenção do sistema financeiro e suas respectivas movimentações.

Bancos especializados nesse tipo de serviço também podem custodiar investimento e, assim, cobrar taxa de custódia.

Quando a taxa de custódia é cobrada?

Ela é cobrada semestralmente no primeiro dia útil de janeiro e julho, respectivamente. Além disso, ela incide sobre o montante aplicado, não sobre a rentabilidade, como acontece na tributação feita pelo Imposto de Renda.

Vale mencionar que a taxa é cobrada religiosamente. Ou seja, mesmo que você tenha investido no último dia útil do ano ou em junho, ainda assim a taxa de 0,25% será cobrada sobre o montante que investiu no dia anterior.

A única ressalva é se o investimento for menor que R$ 10,00. Por outro lado, o menor título que pode investir no Tesouro Direto custa pouco menos de R$ 40.

Em quais outras situações a taxa de custódia é cobrada?

Existem algumas exceções nas quais a taxa de custódia pode ser cobrada fora dos primeiros dias úteis de janeiro e julho. Confira quais são na lista abaixo:

  • Resgate antecipado: caso peça o resgate antecipado a esses dias, o valor proporcional entre a última cobrança e o dia do resgate será cobrado de sua conta na corretora;
  • Recebimento de juros semestrais: alguns investimentos, como o Tesouro Prefixado com Juros Semestrais, conhecido como NTN-F, pagam os juros a cada semestre. Nesses casos, a cobrança da taxa de custódia é feita já no recolhimento desses juros;
  • Vencimento do título: quando chegar a aguardada data de vencimento de um título, incidirá também a taxa de custódia proporcional desde a última cobrança feita, da mesma maneira que acontece no resgate antecipado.

Vale mencionar que as regras citadas até aqui valem apenas para os investimentos de renda fixa no Tesouro Direto. Outro detalhe relevante a lembrar é que não existe uma taxa de custódia zero, como você pode acabar vendo em alguma propaganda.

Nesses casos, a taxa zero é da corretora, que pode optar por não cobrar taxas dos seus clientes. Já a taxa de custódia é obrigatória.

Agora, confira abaixo como ela é cobrada no mercado de ações.

Como a taxa funciona no mercado de ações

Até o momento, você viu como a cobrança da taxa de custódia é feita nos investimentos em títulos públicos. Quando falamos nos investimentos em ações, ela é cobrada de maneira diferente da que vimos até aqui.

Nesse modelo, investidores que têm em suas carteiras menos de R$ 300 mil em ativos são isentos do pagamento da taxa de custódia. Ela só é cobrada daqueles com uma carteira acima desse valor.

A partir daí, a Bolsa de Valores cobra de 0,013% a 0,005%. Quanto mais dinheiro você tiver em ativos, menor é o percentual da taxa de custódia.

Por exemplo, investidores que possuem de R$ 300.001 a R$ 1 milhão de reais em ativos pagam, anualmente, 0,013% do montante aplicado. Quem tiver de R$ 10 milhões a R$ 100 milhões paga 0,0032%. Investidores com mais de R$ 10 bilhões em ativos pagam 0,005% na taxa de custódia.

A taxa de custódia é um elemento a ser considerado ao calcular seus investimentos, principalmente pela taxa incidir sobre o montante total, e não de acordo com a rentabilidade.

Ainda assim, é importante mencionar que seus investimentos não deixarão de ser rentáveis por conta dela. Como a taxa é bem pequena, vale a pena considerá-la apenas para que não seja surpreendido por sua cobrança e não achar que está sendo enganado de alguma forma.

Porém, é importante lembrar que te orientar sobre quaisquer taxas e tributos em um investimento é tarefa do seu assessor de investimentos.

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