Taxa de saída: o que é e como funciona nos fundos

Por Redação Onze

Taxa de saída

Você sabe o que é taxa de saída e como ela é cobrada? Trata-se de um percentual cobrado em fundos de investimento e que pode afetar a rentabilidade da sua aplicação financeira.

Por isso, compreender esse mecanismo e ficar atento às regras de cada fundo e instituição financeira é essencial para fazer boas escolhas.

Neste guia, descubra o que significa a taxa de saída, quando e como ela é cobrada e confira outras possíveis taxas em fundos de investimento. 

O que é taxa de saída

Taxa de saída é uma taxa cobrada em alguns fundos de investimento no momento do resgate dos valores. O percentual incide sobre o montante retirado do fundo e pode impactar bastante o resultado da sua aplicação.

Na prática, a taxa de saída costuma funcionar como uma espécie de penalidade para o investidor que resgata o dinheiro antes do tempo. Sendo assim, atua como um estímulo para que as aplicações financeiras sejam mantidas em janelas temporais mais longas.

Mas é importante fazer uma ressalva: algumas instituições financeiras cobram taxa de saída para resgate em fundos de investimentos independentemente do tempo de resgate. 

É o caso de alguns tipos de previdência privada, por exemplo. Isso acontece porque a taxa de saída cobre os custos administrativos da seguradora e da gestora.

Como é cobrada a taxa de saída

Como você agora sabe, a taxa de saída é cobrada no momento do resgate do investimento. O percentual é definido no regulamento do fundo, assim como todas as outras possíveis taxas da aplicação.

Assim, a taxa de saída varia conforme o montante total resgatado e, dependendo do fundo de investimento, também conforme o tempo de resgate em relação ao prazo de vencimento.

Há dois cenários diferentes:

  • Em alguns fundos de investimentos, quanto maior o tempo de aplicação, menor é a taxa de saída, podendo chegar a zero
  • Em alguns fundos de previdência privada, a taxa é cobrada independentemente do período de resgate e incide sobre o montante total resgatado.

Ao pagar a taxa de saída, o investidor diminui a rentabilidade do investimento realizado. Por isso, é importante levá-la em conta nas suas projeções.

Vamos supor que você tenha feito uma aplicação em previdência privada com taxa de saída de 1%. Se o seu resgate é de R$ 10.000, significa que vai pagar R$ 100,00 de taxa.

Mas, como a taxa varia (em porcentagem, regra de aplicação e conforme instituição financeira), é imprescindível analisar com atenção a lâmina e as regras do fundo antes de investir.

Lá você descobre quais são as taxas envolvidas e regras que deve seguir. É uma forma de evitar surpresas desagradáveis mais tarde e avaliar criteriosamente como será a rentabilidade da aplicação.

Em um artigo para o jornal Folha de São Paulo, a planejadora financeira Marcia Dessen faz um alerta: analise se as regras são compatíveis com seu objetivo de investimento, perfil de risco, necessidade de liquidez. “Aceite as condições e faça a adesão ao fundo somente se concordar com elas”, destaca a autora.

Além disso, é importante pesquisar as taxas oferecidas por diferentes instituições financeiras para encontrar a alternativa mais interessante para o seu perfil.

Além da taxa de saída

Além da taxa de saída, fique atento a outras taxas cobradas em fundos de investimentos. Saiba quais são elas a seguir:

Taxa de carregamento de entrada

A taxa de entrada é um percentual cobrado no momento da aplicação, que incide sobre o valor investido no fundo. Mais uma vez, é uma taxa referente aos custos da instituição financeira.

Taxa de administração

A taxa de administração é um percentual que o investidor paga referente aos serviços de gestão.

Ou seja: é uma taxa que diz respeito ao trabalho do gestor, profissional que decide onde alocar os recursos e faz a administração deles para garantir a máxima rentabilidade da aplicação.

A taxa é cobrada anualmente sobre o montante do investimento e varia conforme o fundo e a instituição financeira que presta o serviço.

Taxa de performance

Outra cobrança a que você deve ficar atento é a taxa de performance, que deve ser paga quando a rentabilidade do fundo supera o indicador de referência. É a meta conhecida como benchmark.

A rentabilidade do fundo é comparada com índices como o CDI, o IPCA ou o Índice Bovespa, por exemplo. Em termos práticas, a taxa de performance é o valor que você paga para remunerar a gestão eficaz prestada pela instituição financeira.

Imposto de Renda

O Imposto de Renda também incide sobre fundos de investimento. Não é uma taxa cobrada pela instituição financeira, e sim um tributo coletado pela Receita Federal, que também deve ser levado em conta para analisar a rentabilidade da aplicação.

No caso da previdência privada, por exemplo, a alíquota do Imposto de Renda pode seguir duas tabelas: a regressiva e a progressiva, que variam, respectivamente, conforme o tempo de investimento e conforme o valor resgatado.

Como você pode ver, ao investir em fundos de investimentos, é importante analisar com atenção todos os seus custos, para garantir que você terá a rentabilidade desejada ao fim da aplicação. Para se informar, leia com atenção o contrato e pesquise as ofertas das instituições financeiras concorrentes.

Dessa forma, você garante a melhor rentabilidade para o seu investimento. E nessa jornada, conte com o apoio especializado da Onze, que tem ferramentas exclusivas para ajudar você nos seus investimentos de longo prazo.