CDB: o que é, rentabilidade e como investir

Por Redação Onze

CDB

O CDB é um dos investimentos de renda fixa mais conhecidos na atualidade, não tanto pelo domínio de seu funcionamento, mas porque ele é muito ofertado e, geralmente, vinculado à própria conta do correntista de um banco.

Mas, será que ele é realmente bom? Um investimento de renda fixa, diferentemente daqueles categorizados como variáveis, pode ter sua rentabilidade conhecida ou estimada no momento da aplicação.

Isso traz segurança, mas a que preço? Neste conteúdo, respondemos as principais dúvidas sobre o CDB para que você possa inseri-lo na sua estratégia de investimentos de forma consciente e inteligente. Confira.

O que é CDB?

O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um título emitido pelas instituições bancárias com o objetivo de captar recursos para suas operações de empréstimos e comerciais.

Como é um título de renda fixa, sua remuneração é definida no momento da aplicação por um valor fixo ou atrelado à performance de um indicador de referência. Além disso, ele é assegurado pelo FGC, ou, Fundo Garantidor de Crédito.

Isso significa que se o banco emissor do título não puder cumprir com sua obrigação financeira, um limite de até R$250.000,00 por CPF é garantido pelo fundo.

Quais são os tÍtulos de CDB?

A forma como a rentabilidade do CDB é calculada permite que eles sejam classificados em prefixados, pós-fixados e híbridos.

Prefixado

Nessa modalidade, o investidor sabe quanto o recurso aplicado vai render no final do período. É uma remuneração fixa, por exemplo, de 3% ao ano, seja qual for a variação do mercado.

Pós-fixado

No caso dos títulos pós-fixados, sua remuneração depende do desempenho de um indicador de referência, como é o caso do Certificado de Depósitos Interbancários (CDI), que normalmente acompanha a taxa Selic do governo, diminuindo 0,10 percentuais.

Assim, os CDBs pós-fixados são anunciados informando o percentual do seu indicador, como 110% do CDI.

Híbrido

Os CDBs híbridos associam as duas formas de rentabilidade. Uma parte é fixa e a outra depende da performance de um indicador, que também pode ser o CDI ou IPCA, por exemplo, que é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo.

Como funciona o prazo de investimento?

Os CDBs podem ter liquidez diária ou prazos de carência para o resgate mais alongados, o que normalmente traz melhores rentabilidades.

Ao avaliar as opções de CDB no mercado, também é importante considerar o prazo de investimento, ou seja, quanto tempo o recurso ficará aplicado.

Isso é importante para que o investimento esteja compatível com sua estratégia de uso do recurso, e também para considerar a alíquota do Imposto de Renda (IR), que funciona da seguinte maneira:

  • resgate antes de seis meses, a alíquota do IR será de 22,5%;
  • resgate entre seis e menos de um ano completo, a alíquota será de 20,0%;
  • resgate depois de um ano completo e menos de dois anos, 17,5%;
  • resgate com mais de dois anos de aplicação, 15,0%

Mas é preciso entender como é feito o cálculo. Vejamos.

O CDB é tributado?

O CDB é tributado conforme os valores informados e o IOF também incide sobre a operação.

Imposto de Renda (IR)

O IR só incide sobre a remuneração do período, ou seja, o valor inicial aplicado não é usado para o cálculo do imposto.

Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)

O IOF só é cobrado em resgate com menos de 30 dias, sendo que também existe uma tabela regressiva da porcentagem em que ele será cobrado nesse período, que vai dos 96% até chegar aos 3%.

Qual é sua rentabilidade em relação ao CDI?

Como já mencionado, o CDI é um indicador que acompanha a taxa Selic e, também, uma das principais referências para a rentabilidade do CDB.

Seu cálculo é muito simples. Se uma instituição bancária oferece 130% do CDI anual, significa:

4,85% (CDI) x (130%/100) = 6,31%

Nesse caso, o rendimento bruto da aplicação será o valor inicialmente aplicado acrescido de 6,31% no final dos 12 meses.

O que impacta na rentabilidade desse investimento?

A oferta de pagar 130% do CDI é muito alta, mas pode acontecer. O que determina essa rentabilidade é o porte do banco emissor, a liquidez e o prazo de vencimento.

Tamanho da instituição bancária

Bancos mais conhecidos têm mais facilidade para captar recursos e são considerados mais seguros. Por isso, normalmente oferecem menores porcentagens do CDI.

Liquidez

A possibilidade de resgate imediato também faz com que o banco possa contar menos tempo com seu recurso, ou seja, ele não pode fazer muitos negócios. Assim, a liquidez também influencia na remuneração.

Prazo de vencimento

O vencimento do CDI, ou seja, a data em que ele é resgatado automaticamente, também influencia, afinal de contas, aumenta a disponibilidade do recurso para que o banco possa fazer negociações de longo prazo.

Assim, quanto maior o tempo de vencimento do CDB, melhores são suas remunerações.

Quais são as vantagens e riscos de investir em CDB?

Depois de entender seu funcionamento, podemos resumir sua análise considerando as vantagens e os riscos do investimento.

Vantagens

  • segurança, já que ele é um investimento de renda fixa e possui a garantia do FGC;
  • aplicação facilitada, já que é possível fazer na conta bancária ou na corretora de valores, inclusive com aportes iniciais baixos em algumas opções;
  • tributação regressiva, favorecendo os resgates realizados no longo prazo;
  • liquidez favorável para resgate, se comparada com outros tipos de investimentos;
  • diversificação da carteira de investimento, já que é um investimento de renda fixa até certo grau conservador, permitindo que outros recursos sejam aplicados de maneira mais arrojada.

Riscos

  • riscos de crédito do banco emissor, considerando que os CDBs com melhores remunerações são ofertados por instituições em fase de crescimento e consolidação no mercado;
  • atenção ao total de ativos garantidos pelo FGC. Já na nova regra do fundo existe um limite de um milhão de reais por CPF para recursos aplicados em investimentos que possuem tal garantia;

Como investir no CDB?

Para quem deseja investir no CDB, basta ter uma conta corrente em um banco ou corretora de valores. Nesses dois canais é possível fazer compra de CDBs de outras instituições, porém, os bancos emissores darão prioridades aos seus ativos, é claro.

Além disso, os aportes iniciais podem variar conforme a porcentagem do CDI a ser pago, mas costumam ter opções bem acessíveis.

Afinal, vale a pena investir no CDB?

É possível que a dúvida em relação ao investimento no CDB ainda permaneça, afinal de contas, ele sempre é comparado à poupança e seus rendimentos são relativamente baixos.

Porém, é preciso considerar que suas opções de rentabilidade aumentaram com a oferta de bancos menores e, além disso, toda estratégia de diversificação precisa de recursos aplicados em opções com mais liquidez e conservadores, certo?

Então, conhece alguém que precisa conhecer um pouco mais sobre o funcionamento do CDB? Então compartilhe esse conteúdo nas suas redes sociais agora mesmo.