O que é um investimento de curto prazo?

Por Redação Onze

investimento de curto prazo

Investir no mercado financeiro pode ser o sonho de muita gente, mas antes mesmo de começar a olhar as modalidades de aplicações é preciso conhecer o seu perfil e entender as diversas variáveis que poderão interferir não apenas no seu capital inicial, mas também no quanto você pretende receber de dividendos.

Essa análise é sempre complexa, envolve inclusive o tempo que você espera para receber o retorno do investimento. Na maioria dos casos, quem está buscando um investimento de longo prazo tem um perfil mais conservador e acaba encontrando as melhores opções nas modalidades de renda fixa. 

No entanto, para aqueles investidores de risco, que já possuem uma certa margem de erro para arriscar cada vez mais, sem comprometer o seu patrimônio, também existem investimentos de curto prazo, que são os de renda variável. 

Neste artigo, vamos tentar contemplar os dois perfis, abordando as vantagens e desvantagens de cada um, assim você vai saber melhor o que é um investimento de curto prazo. Confira e saiba mais.  

O que é um investimento de curto prazo

Definir o que é curto prazo não é uma tarefa tão simples. Os especialistas indicam que tudo vai depender do quão rápido você vai querer, ou precisar, do seu dinheiro de volta.

Em primeiro lugar, o mais importante é saber que os bancos e as instituições financeiras geralmente consideram esse prazo muito mais longo do que você, e existem modalidades que não permitem o resgate antes de um mínimo de dois anos. 

Sendo assim, o curto prazo para um investimento costuma variar, em média, entre seis meses e dois anos. 

Os objetivos dos investimentos com esse prazo também costumam ser parecidos quando estamos falando de renda fixa. Ou seja, quando você pretende resgatar o valor integral do capital inicial somado a mais alguma rentabilidade, sem riscos e com muito mais garantia do que se fosse de renda variável. 

São os casos, por exemplo, quando apenas se quer reservar determinada quantia para emergências não programadas, como se fosse um colchão de segurança.

Ou ainda para gastos mais previsíveis, cuja necessidade será contemplada em pouco tempo: a próxima viagem de férias, os impostos do começo de cada ano, o material escolar dos filhos, algum tratamento médico específico e programado e etc. 

Quais são as vantagens e as desvantagens?

Para saber quais são as vantagens e as desvantagens dos investimentos de curto prazo, o primeiro passo é definir quais são os seus objetivos como investidor. Como já dissemos anteriormente, há diferenças enormes entre os investidores mais conservadores e os de risco nesse caso. 

Um caminho para demarcar melhor qual é o seu perfil é compreendendo a relação entre risco, liquidez e rentabilidade, tal como explicaremos no tópico seguinte. 

O que é liquidez e rentabilidade?

Entender o que é liquidez e como ela interfere nas suas escolhas de aplicações é perceber como tudo está diretamente relacionado quando se trata de investimentos, seja de curto, médio ou longo prazo. 

Em linhas gerais, liquidez é o quão rápido você consegue resgatar o valor investido, acrescido dos lucros. Nos investimentos de curto prazo, ou seja, de seis meses a dois anos, a liquidez será considerada alta.  

Por outro lado, quanto maior a sua liquidez, menor poderá ser a sua rentabilidade. Isso acontece porque os rendimentos do seu investimento normalmente demoram um pouco mais para serem alcançados, especialmente se estamos falando de investimentos de renda fixa. 

Os riscos, por sua vez, são mais baixos também. Isto é, como você pode sacar a qualquer momento, o seu lucro será menor e, consequentemente, o seu risco de perder o dinheiro investido inicialmente também é pequeno. 

Para os investidores de risco, a equação se altera completamente nas aplicações de renda variável: mesmo com uma liquidez alta, a rentabilidade pode ser alta, mas o risco de se perder tudo também é grande. Para manter o resultado positivo, é necessário analisar muito bem o mercado, acompanhar as oscilações e ter alguma experiência. 

Como saber se o valor do capital inicial é compatível com o tempo que disponho para o retorno?

Os investimentos de curto prazo não exigem um capital muito alto. Se você escolher a Poupança, por exemplo, qualquer quantia é aceitável. Mas é importante ter em mente que a rentabilidade também será baixa nesse caso.

Em outras palavras, a maioria das modalidades oferece um retorno seguro e confiável do seu capital inicial, seja ele qual for. Mas o lucro não será muito expressivo no curto prazo. 

Quais as melhores opções de investimento nesse caso?

Antes de analisar as melhores opções de investimento de curto prazo, vale relembrar alguns detalhes decisivos, conforme o seu perfil de investidor. Existem os de renda fixa e os de renda variável, e é preciso entender a diferença antes de escolher a sua modalidade.

Como vimos, os investimentos de renda fixa são aqueles que têm um retorno mais seguro, no qual você não vai perder o dinheiro que investiu no começo da aplicação. A rentabilidade, no entanto, só será alta no longo prazo. Portanto, se você pretende fazer o resgate em até dois anos, é bem provável que o retorno seja baixo. 

A renda variável é a preferida dos investidores de risco. Mesmo no curto prazo, é possível ter uma rentabilidade alta, inclusive bem superior ao capital inicial que você aplicou. Entretanto, os riscos também são altíssimos e você pode perder tudo em muito pouco tempo. Essas modalidades exigem um pouco mais de experiência e conhecimento do mercado financeiro. 

Modalidades de aplicações e retornos

Agora, vamos às opções mais encontradas no mercado para investimentos de curto prazo:

Renda Fixa

Tesouro Selic: Também chamado de Letra Financeira do Tesouro (LFT), esse investimento é de renda fixa pós-fixada e a rentabilidade varia de acordo com a Taxa Selic, ou seja, a taxa básica de juros no Brasil. 

Tem uma volatilidade baixa e é possível fazer o resgate sempre que você quiser sem perder rentabilidade. A liquidez, portanto, é diária e a segurança é garantida pelo Tesouro Nacional. 

CDB: O Certificado de Depósito Bancário, como o próprio nome diz, é emitido pelos bancos. Assim como o Tesouro Selic, tem liquidez diária, mas a rentabilidade também pode ser baixa no curto prazo. Mas, se fizermos uma comparação com a Poupança, o rendimento será bem melhor. Também é considerado um investimento de curto prazo bastante seguro. 

LCI: A Letra de Crédito Imobiliário é aquele investimento que envolve o crédito para o financiamento de imóveis. Assim como os investimentos acima, é considerado seguro e isento de Imposto de Renda. Mas o retorno só será vantajoso quando a liquidez for baixa. Se você precisar sacar em até dois anos, é provável que não tenha muitos lucros. 

Renda Variável

Bolsa de Valores: Pela Bolsa de Valores, você pode aplicar nas ações de grandes empresas, mas é uma das modalidades mais arriscadas. Como depende das oscilações do mercado, a todo o momento, diversas variáveis interferem nos seus resultados, para cima ou para baixo. 

Câmbio: Investimento em moeda estrangeira, seja o Dólar, o Euro, a Libra, etc. Costuma ser um bom negócio, até porque a desvalorização do Real é constante. Mas as oscilações também podem ser grandes no curto prazo. 

Day Trade: Este talvez seja o investimento de maior risco, isso porque é de curtíssimo prazo e, como o próprio nome diz, está relacionado aos resultados das operações do dia no mercado. As variações das ações, portanto, são diárias e podem subir ou descer muito rapidamente, gerando lucros ou prejuízos, como se fosse uma gangorra.