Como calcular juros compostos passo a passo

Por Redação Onze

Aprender como calcular juros compostos é importante para compreender essa verdadeira máquina de multiplicação (ou destruição) de patrimônio.

Com esse conhecimento, você pode tomar melhores decisões de investimento e evitar perdas.

Para tirar todas as suas dúvidas sobre o tema, preparamos este guia com dicas para calcular esse tipo de juros e como usá-lo para ganhar dinheiro e qualidade de vida no longo prazo.

O que são juros compostos

Antes de aprender como calcular juros impostos, é importante compreender o conceito.

Eles são a aplicação de “juros sobre juros”.

Os rendimentos são calculados não apenas a partir do capital investido inicialmente, mas também sobre os ganhos de todos os períodos anteriores.

Assim, mês a mês, os juros compostos incidem sobre uma nova base de cálculo.

Eles são utilizados pelo sistema financeiro tanto nas aplicações quanto em empréstimos.

Então, para aproveitar os juros compostos, é necessário planejamento, disciplina e tempo.

Esse último fator, muitas vezes negligenciado por investidores principiantes, pode ser mais importante do que o aporte inicial que você pretende fazer.

A seguir, vamos entender por quê.

Juros compostos x juros simples

Entender a diferença entre o cálculo de juros compostos e juros simples pode ajudar muito na hora de tomar decisões.

Enquanto os juros simples levam em conta sempre um valor inicial, com um percentual variando de forma linear, nos juros compostos esse cálculo é feito com base nos períodos anteriores.

Dois exemplos bem rápidos:

Juros simples

Veja o que ocorre se você aplicar R$ 10.000,00 a juros simples, com remuneração de 1% ao mês, durante seis meses:

  • 1° mês: R$ 10.000,00 x (0.01) = R$ 100,00
  • 2° mês: R$ 10.000,00 x (0.01) = R$ 100,00
  • 3° mês: R$ 10.000,00 x (0.01) = R$ 100,00
  • 4° mês: R$ 10.000,00 x (0.01) = R$ 100,00
  • 5° mês: R$ 10.000,00 x (0.01) = R$ 100,00
  • 6° mês: R$ 10.000,00 x (0.01) = R$ 100,00

A cada mês você conseguiu R$ 100,00 a mais e, ao final do período, tinha crescido o seu patrimônio em R$ 600,00.

Juros compostos

Agora veja como seria com juros compostos, dentro das mesmas condições iniciais (aporte e taxa de juros):

  • 1° mês: R$ 10.000,00 x (0.01) = R$ 100,00
  • 2° mês: R$ 10.100,00 x (0.01) = R$ 101,00
  • 3° mês: R$ 10.201,00 x (0.01) = R$ 102,01
  • 4° mês: R$ 10.303,01 x (0.01) = R$ 103,03
  • 5° mês: R$ 10.406,04 x (0.01) = R$ 104,06
  • 6° mês: R$ 10.510,10 x (0.01) = R$ 105,10

Agora, a cada mês, o valor foi aumentando um pouco mais, e você fechou o período com R$ 10.615,20, ou seja, com R$ 615,20 de ganho.

E se para você esses R$ 15,20 não significam grande diferença em relação à simulação a juros simples, imagine só a longo prazo o efeito positivo que isso terá no seu capital.

Para quem é mais conservador, opções de investimento em renda fixa com risco baixo e que trabalham com juros compostos são o CDB (Certificado de Depósito Bancário), a LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e a LCA (Letra de Crédito do Agronegócio).

As três alternativas contam com proteção do Fundo Garantidor de Créditos, mecanismo que garante a restituição de até R$ 250 mil por investidor por conglomerado financeiro em caso de quebra da instituição financeira.

Como calcular juros compostos

Talvez só de olhar os exemplos acima você já tenha entendido como calcular os juros compostos.

Mas vamos explicar um pouco melhor.

Suponha que você faça um investimento de R$ 1.000,00 a uma taxa de juros de 5% ao mês, a juros compostos, por seis meses.

(Importante: essa taxa de rentabilidade serve apenas para ilustrar melhor o poder dos juros compostos e não reflete a realidade da renda fixa, OK?)

Observe o crescimento do seu investimento a cada período de capitalização:

  • Mês 0: investimento inicial de R$ 1.000,00
  • Mês 1: R$ 1.000,00 x 1,05 = R$ 1.050,00
  • Mês 2: R$ 1.050,00 x 1,05 = R$ 1.102,50
  • Mês 3: R$ 1.102,50 x 1,05 = R$ 1.157,62
  • Mês 4: R$ 1.157,62 x 1,05= R$ 1.255,50
  • Mês 5: R$ 1.255,50 x 1,05 = R$ 1.318,27
  • Mês 6: R$ 1.318,27 x 1,05= R$ 1.384,18 (capital a ser resgatado)

Perceba que o investimento inicial era de R$ 1.000,00 e, ao final de seis meses, a base de cálculo do último período de capitalização já era R$ 1.318,27.

Isso quer dizer que o seu capital, até o momento do resgate, rendeu R$ 384,18 a juros compostos.

Mas tenha cuidado: juros compostos são bons apenas quando jogam no nosso time.

Sabe quando uma dívida pequena cresce de tamanho rapidamente e ganha um volume assustador?

Os responsáveis por isso também são os juros sobre juros.

Contratos de empréstimo, independentemente da linha de crédito, costumam trabalhar com eles.

Por isso, seja na hora de investir, seja na hora de pegar dinheiro emprestado, fique atento às opções.

Tanto os ativos de renda fixa quanto os ativos de renda variável trabalham com juros compostos.

Em caso de dúvida, sempre é bom contar com equipes especializadas, como a da Onze Investimentos, que oferece um research de qualidade com foco na construção de um patrimônio para o longo prazo.

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